São três, a saber: CV (Comando Vermelho), TCP (Terceiro Comando Puro) e ADA (Amigos dos Amigos), facções associadas ao tráfico de drogas. A fatia geográfica dominada pelo quarteto subiu 131% desde 2008 e hoje corresponde a 20% da região metropolitana.Miliciano, por sua vez, tem a ver com a noção de milícia, ou seja, “uma organização ou grupo de cidadãos, por vezes armados”, mesmo não sendo integrante das forças oficiais, “mas que podem vir a ser organizados e treinados como soldados”.

Os principais eixos de expansão foram a zona oeste carioca, hoje quase integralmente dominada, e a Baixada Fluminense, onde há presença majoritária desses grupos em municípios como Itaguaí, Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu.

Liga da Justiça (milícia)
A Liga da Justiça é a maior e mais conhecida facção de milicianos do Rio de Janeiro. O seu nome é uma referência ao grupo de super-heróis dos quadrinhos chamado Liga da Justiça, da DC Comics.

Qual a diferença entre milicianos e traficantes

A diferença original entre milicianos e traficantes era simples: os milicianos cobravam para oferecer segurança; já os traficantes, por sua vez, vendiam drogas ilegais e dominavam territórios das favelas, tornando-se o governo desses locais.Tais grupos se mantêm com os recursos financeiros provenientes da extorsão da população e da exploração clandestina de gás, televisão a cabo, máquinas caça-níqueis, agiotagem, ágio sobre venda de imóveis, etc.A milícia —fundada segundo a Polícia Civil por Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ex-vereador do Rio morto no último dia 4 por homens encapuzados que fugiram em um carro— começou atuando de forma concentrada, com foco na exploração de transporte clandestino e intermediações de ocupações urbanas.

Há ainda a milícia chamada Escritório do Crime, que atua na zona oeste do município do Rio de Janeiro e que surgiu da exploração imobiliária ilegal em atividades como grilagem, construção, venda e locação ilegal de imóveis.

O que é um policial miliciano

Sob o pretexto de garantir a segurança contra traficantes, os milicianos passaram a intimidar e extorquir moradores e comerciantes, cobrando taxa de proteção. Através do controle armado, esses grupos também controlam o fornecimento de muitos serviços aos moradores.